domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pequena no tamanho, mas de grande valor, a chinchila tem na criação para abate uma atividade muito rentável. Como animal de estimação, o mamífero roedor também tem seus encantos. Dócil, amigável e brincalhão, é visto como um companheiro comportado e se adapta bem à vida em gaiolas e viveiros. Sem muitos custos de manutenção, a criação é uma ótima opção para obter lucro em quatro anos. 

Sobretudo no mercado internacional, as peles de chinchila alcançam preços altos, devido à elevada demanda. Os brasileiros são um dos principais produtores do material. A mercadoria nacional tem interesse destacado nos países europeus, asiáticos e da América do Norte. O rigoroso inverno dessas regiões é o clima adequado para aproveitar o aconchegante calor oferecido pelas roupas costuradas com peles de chinchila. 

Por contarem com uma densa camada, os pelos da chinchila são resistentes e têm boa capacidade de aquecimento. Com mais de 30 tons, o cinza-azulado é o mais cobiçado pela indústria da moda. Com toque macio e leve, os pelos finos do animal dão caimento perfeito para o feitio de casacos, estolas e outros artigos têxteis.

Originária da região dos Andes entre Peru, Bolívia, Chile e Argentina, a chinchila já teve sua pele usada como vestimenta por índios e civilizações antigas. Em cativeiro, a atividade foi disseminada, na década de 1920, a partir da iniciativa de um criador americano – que contribuiu para evitar a extinção da espécie, que, à época, era ameaçada pela indiscriminada caça predatória. 

Aqui, a produção é mais encontrada nos estados da Região Sul, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Em locais com temperaturas muito altas – que podem causar o surgimento de fungos no animal –, a recomendação é usar ar-condicionado no ambiente de criação. Embora a chinchila seja rústica, a boa higiene do viveiro, a presença de ventilação e a alimentação de qualidade contribuem para o conforto e impedem condições de estresse. 

Com 25 a 30 centímetros de comprimento e peso de até 800 gramas, a chinchila é ativa à noite, enquanto que durante o dia passa mais tempo dormindo. A alimentação é à base de ração e plantas, pois ela é herbívora, e, como trata-se de um roedor, materiais para gastar os dentes são bem aceitos. Por esse mesmo motivo, é bom que equipamentos e acessórios nas instalações de criação sejam de metal. Pertencente à família Chinchilidae, a chinchila pode viver até 15 anos sem exigir muitos cuidados. 

*Carlos Peres é presidente da Achila (Associação Brasileira dos Criadores de Chinchila Lanígera), Av. Francisco Matarazzo, 455, CEP 05001-300, São Paulo, SP, tel. (11) 3865-9237, 4667-1324 e 9199-0539, achila@achila.com.br,www.achila.com.br 
Onde adquirir: a Achila indica vendedores em todo o país 
Mais informações: há várias entidades regionais representativas, como a Asbrachila (Associação Sul Brasileira de Criadores de Chinchila); Achilerj (Associação dos Criadores de Chinchila do Estado do Rio de Janeiro); a Aparchila (Associação Paranaense de Criadores de Chinchilas); e a Ascachila (Associação Catarinense dos Criadores de Chinchila) 



Fonte: Globo Rural