sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Precocidade e fertilidade agregam valor ao gado de leilão, afirma pesquisa

Uma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, avaliou o impacto dos atributos de qualidade em tourinhos de elite da raça nelore, comercializados em leilão. O resultado apontou que os itens que mais contribuem para a formação do preço dos animais em questão são a precocidade e a fertilidade. Para o autor do estudo, Yuri Calil, se o produtor focar a seleção nesses dois elementos, vai conseguir agregar valor ao rebanho. 

Para avaliar o quão precoce e fértil é um touro nelore, é preciso saber o perímetro escrotal do animal, o peso no desmame, o peso ao completar um ano, a musculosidade e o aprumo. No estudo, os bovinos que tinham sido classificados como excelentes (em precocidade e fertilidade) obtiveram um valor 11% superior, nos leilões, em relação aqueles classificados como muito bons. 

Segundo Calil, “o estudo apresenta uma ferramenta que todos os pecuaristas podem utilizar para estabelecer seus critérios de seleção, bem como montar estratégias em seus leilões”. Para ele, a importância da pesquisa reside no fato de que ela identifica os aspectos que mais valorizam os animais destinados à comercialização em leilão, que muitas vezes são responsáveis por boa parte da renda do pecuarista.



fonte: globo rural

Selo de procedência valoriza carne em até 40%

Registro de indicação geográfica certifica qualidade dos cortes mais nobres
O Pampa Gaúcho é conhecido como a “terra do churrasco”. Os produtores da região querem ser identificados não somente pelo sabor da carne preparada, mas também pela boa procedência do que vai para a churrasqueira.  Desde 2006, 73 produtores usam o registro de Indicação Geográfica fornecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O selo certifica a qualidade da carne local em que os produtores se orgulham de não utilizar tempero. Juntos, os criadores da região reúnem um rebanho bovino de mais de cem mil cabeças. 


O selo garante valorização de até 40% no preço da carne, segundo o secretário-executivo da Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (ProPampa), Rogério Jaworski. Só os cortes mais nobres recebem a etiqueta. 

A entidade mostra que a aceitação do produto tem sido positiva. Uma pesquisa de 2009 com 250 restaurantes e 50 atacadistas de todo o Brasil informa que 94% deles acham extremamente importante o selo de origem e a preservação ambiental. O levantamento foi feito pela ONG internacional Alianza Del Pastizal.

O produtor Fernando Adauto Loureiro de Souza atesta os resultados do estudo. Ele é dono de uma área de mil hectares onde pastam 1,2 mil bois. “Visitamos a Europa e vimos que os produtos de áreas com Indicação Geográfica levam um tempo para deslanchar. Mas, a indicação agrega valor ao produto e à região. Mexe com o brio do produtor. Passamos a ter um reconhecimento pelo diferencial que oferecemos”, afirma.

Para conquistarem o selo de Indicação Geográfica, os empresários se submetem a um programa de avaliação de conformidade, que analisa desde o processo de produção até o resultado final. Para ter o registro,  a carne deve ser originada de gado que se alimente exclusivamente de pastagens nativas, nativas melhoradas ou cultivadas de inverno, num regime de criação extensivo. Os animais têm de ser rastreados desde o nascimento. A carne produzida dentro desses conceitos obtém o selo do Inpi.

Fonte: Sebrae

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Padrão racial Quarto de Milha

APARÊNCIA - de força e tranquilidade. Quando não trabalhando, deve conservar-se calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se reunido, com os posteriores sob a massa, apoiando nos quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.
PELAGEM - admite-se que a pelagem do Quarto de Milha possa ser alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não serão admitidos, para registro, animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.
ANDAMENTO - harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.
ALTURA - são cavalos cuja altura é, em média, de 1,50 m. São robustos e muito musculados.
PESO - 500 quilogramas, em média.
CABEÇA - pequena e leve. Em posição normal, deve-se ligar ao pescoço em ângulo de 45º. Perfill anterior reto.
FACES - cheias, grandes, muito musculosas, redondas e chatas, vistas de lado; discretamente convexas e abertas de dentro para fora, vista de frente, o que proporciona ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas.
FRONTE - ampla.
ORELHAS - pequenas, alertas, bem distanciadas entre si.
OLHOS - grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para trás, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.
NARINAS - grandes.
BOCA - pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.
FOCINHO - pequeno.
PESCOÇO - comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45º porém, bem destacado do mesmo. Somente a JUNÇÃO entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual.
O BORDO INFERIOR - do pescoço é comparativamente reto e deve destacar-se nitidamente do tronco assegurando flexibilidade.
O BORDO SUPERIOR - é reto, quando o cavalo está com a cabeça na posição normal.
GARGANTA - estreita, permitindo grande obediência às rédeas.
MUSCULATURA - bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo, assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.
TRONCO - da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: Não "selado" especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5º a 8º da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.

CERNELHA - bem definida, de altura e espessura médias.



DORSO - bem musculado ao lado das vértebras e, visto de perfil, com muita discreta inclinação de trás para frente. Tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.

LOMBO - curto, com musculatura acentuadamente forte.
GARUPA - longa, discretamente inclinada, para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa (engajamento natural).
PEITO - profundo e amplo. O peito visto de perfil, deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se porém, no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de "V" invertido, devido à desenvolvida musculatura dos braços e antebraços.
TÓRAX - amplo, com costelas largas, próximas, inclinadas, elásticas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho.
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ESPÁDUA - deve ter ângulo de aproximadamente 45º , denotado, equilíbrio e permitindo a absorção dos choques transmitidos pelos membros.
BRAÇOS - musculosos, interna e externamente.
ANTEBRAÇOS - o prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de "V" invertido, dando ao cavalo a aparência atlética e saudável. Externamente, a musculatura do antebraço também é pronunciada. O comprimento do antebraço é um terço a um quarto maior que a canela.
JOELHOS - vistos de frente são cheios, grandes e redondos; vistos de perfil, retos e sem desvios.
CANELAS - não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vista de frente, igualmente sem desvios.
QUARTELAS - de comprimento médio, limpas, em ângulo de 45º, idêntico a da espádua, e continuam pelos cascos com a mesma inclinação.
CASCOS - de tamanho médio, formato aproximadamente semi-circular, com talões bem afastados, sem desvios.



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COXAS - longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.

SOLDRA - recoberta por musculatura bem destacada, poderosa.
PERNAS - muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna, quanto externamente.
JARRETES - baixos. Por trás, são largos, limpos, aprumados; de perfil, largos, poderosos, estendendo-se em retaaté os boletos.
CANELAS - mais largas, discretamente mais longas e mais grossas que as anteriores. De lado, são chatas. São convenientes canelas mais curtas, tornando o jarrete mais próximo do solo, permitindo voltas rápidas e paradas curtas.

Fonte: ABQM

Correção da acidez do solo (calagem)

A maioria dos solos do Paraná são ácidos, ou seja, apresentam grande concentração de íons hidrogênio e/ou alumínio no solo. A acidez dos solos promove o aparecimento de elementos tóxicos para as plantas (Al) além de causar a diminuição da presença de nutrientes para as mesmas. As conseqüências são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. Portanto, a correção é considerada como uma das práticas que mais contribui para o aumento da eficiência dos adubos e conseqüentemente, da produtividade e da rentabilidade agropecuária.


A correção adequada do pH do solo é uma das práticas que mais benefícios traz ao agricultor, sendo uma combinação favorável de vários efeitos dentre os quais mencionam-se os seguintes:
• eleva o pH;
• fornece Cálcio e Magnésio como nutrientes;
• diminui ou elimina os efeitos tóxicos do Alumínio, Manganês e Ferro;
• diminui a "fixação" de fósforo;
• aumenta a disponibilidade do NPK, cálcio, magnésio, enxofre e Molibdênio no solo;
• aumenta a eficiência dos fertilizantes;
• aumenta a atividade microbiana e a liberação de nutrientes. tais como Nitrogênio, fósforo e boro, pela decomposição da matéria orgânica;
• aumenta a produtividade das culturas como resultado de um ou mais dos efeitos anteriormente citados.



Muitos materiais podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo. Os principais são: cal virgem, cal apagada, calcário calcinado, conchas marinhas moídas; cinzas; calcário (sendo este o mais utilizado, etc). Tanto a eficiência como o preço é bastante variado para cada tipo de corretivo.


Corretivos com qualidade baixa são em geral mais baratos mas em compensação, devem ser usados em quantidades maiores para corrigir a acidez dos solos. O aumento da quantidade também aumenta o custo do transporte até a propriedade, bem como o custo da aplicação por área de terra corrigida. Assim, o custo final da correção da acidez do solo com um corretivo barato, mas de baixa qualidade, pode ser maior do que com um corretivo mais caro, mas de melhor qualidade. Portanto o corretivo mais vantajoso para o agricultor e que deverá ser o escolhido, é aquele que corrige a acidez dos seus solos pelo menor custo. Assim, a qualidade e o custo posto na lavoura são os dois pontos fundamentais que o agricultor deve considerar na escolha do corretivo.


A efetividade do corretivo é dado pelo valor do PRNT, ou seja, poder relativo de neutralização total. Quanto maior for o seu PRNT, ou quanto mais próximo de 100 ele for, mais rápido e mais efetivo este corretivo será.


Somente através da análise química do solo pode-se chegar à quantidade de calcário a aplicar, portanto a falta ou o excesso podem prejudicar as plantas.


Para obtermos os efeitos esperados, o calcário deverá ser aplicado, três meses, ou mais, antes de qualquer cultura para que o corretivo tenha o tempo necessário para neutralizar a acidez do solo com eficácia.


Recomendamos efetuar a distribuição o mais uniforme possível, prática que muito depende da maquinaria disponível. Porém, a distribuição com espalhadeiras que aplicam o calcário em linhas próximas sobre o solo representam, atualmente, a melhor alternativa.
Uma boa incorporação do calcário no solo é fundamental para que seja eficiente, ou seja, reaja com a maior quantidade possível de solo em menor tempo.
Dependendo das condições de tempo e de maquinaria disponível, recomendamos ainda, fazer a incorporação do calcário das seguintes formas:


Para quantidades iguais ou inferiores a 4 toneladas por hectare (t/ha), fazer a aplicação toda de uma só vez, e logo após gradear. Em seguida arar e novamente gradear.


Para quantidades superiores a 4 t/ha recomenda-se dividir a aplicação, colocando-se a metade no primeiro ano de cultivo e o restante no ano seguinte.
Quando utilizadas as doses recomendadas, o efeito da calagem é igual ou superior a 5 anos.
Isto quer dizer que novas aplicações de calcário só deverão ser feitas após este período, mediante nova análise de solo.

Devemos observar que o calcário é apenas um corretivo da acidez do solo e não adubo.



Fonte: Unioeste Engenharia Agrícola

Importância da água para bovinos de leite






Em se tratando da produção de leite a água é o alimento de maior requisição quantitativa para o gado leiteiro. Pesquisa aponta que uma vaca em lactação, necessita de mais água em relação a seu peso vivo do que as outras categorias de animais. O leite de uma vaca contém 87% de água. A Embrapa Gado de Leite aponta que o corpo adulto de uma vaca representa de 55% a 70% de água, chegando essa percentagem de 80% a 85% no animal jovem e até 90% no recém-nascido. Um animal pode perder até 100% de sua gordura (tecido adiposo) e mais de 50% de sua proteína corporal que ainda sobrevive. Mas se perder de 10% a 12% de sua água corporal, ele morre.


Durante os meses mais quentes, as vacas sofrem estresse pelo calor e elevação da unidade, aumentando o consumo de água, com elevação na excreção de urina e alterando a composição dos dejetos.


A água deve ser limpa, fresca, possuir níveis baixos de sólidos e alcalinidades e ser isenta de compostos tóxicos. Uma concentração de 2% de sal na água pode ser considerada tóxica para bovinos. Assim, uma fonte abundante de água limpa e de alta qualidade deve ser prioridade em uma propriedade rural.

Para a produção de leite, o consumo é de aproximadamente 10.000 litros de água/kg; e para carne, de 20.000 a 50.000 litros de água/kg . Esse volume total de água se baseia na necessidade para produção de pastagens e alimentos concentrados utilizados pelos bovinos, além da quantidade ingerida pelos animais.

A ingestão diária de água é afetada pelo tamanho, idade, atividade e produtividade da vaca, bem como pelo ambiente.

Em muitos casos, a solução de problemas relacionados à quantidade e qualidade da água permite aumentos de produção da ordem de 10% a 20%, assim como a quantidade e qualidade da água está diretamente relacionada com a queda de produtividade de leite.

O acesso à água é especialmente crítico após a ordenha e a alimentação. Portanto, se faz de extrema importância a colocação de bebedouros na saída da “sala “ de ordenha.




Fonte: ruralpecuaria.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alimentação de ovinos criados intensamente

Ovinos são animais ruminantes e devem ser alimentados com forrageiras de boa qualidade, produzidas a baixo custo. Um sistema intensivo de produção animal, com grande número de cordeiros produzidos durante o ano inteiro, necessita de alimentos de boa qualidade, o que pode ser conseguido através de uma produção vegetal eficiente. Deve-se planejar o plantio de boas pastagens para as ovelhas, com correção de solo (acidez e fósforo) e aplicação de nitrogênio para aumentar a capacidade de suporte e o valor nutritivo da forrageira. Também é necessário o cultivo de forrageiras de corte para animais estabulados. Deve-se planejar o plantio de milho ou outro cereal, quando possível, para colheita e armazenamento em grão ou espigas, ou ainda a confecção de silagem para uso durante o período de estiagem.
Produção de leguminosas, para corte ou pastejo direto, na propriedade pode resultar em custos mais baixos que a produção de gramíneas, pois as leguminosas dispensam a adução nitrogenada. A produção desse tipo de forragem, na propriedade, resulta na diminuição da necessidade de aquisição de farelos protéicos, que tem preço elevado. Isto tudo diminui o custo da alimentação, item de grande expressão no preço final, na produção do cordeiro para abate precoce.
Machos adultos, fora da estação de monta e ovelhas sem crias ao pé, até a parição, em sistema de uma parição por ano têm as suas exigências nutricionais plenamente atendidas se alimentadas exclusivamente com volumosos de bom valor nutritivo. Todavia, animais em crescimento acentuado ou em atividade reprodutiva intensificada (intervalo entre partos de 8 meses ou menos), na fase final de gestação e na amamentação necessitam de suplementação alimentar com ração concentrada, devido à sua elevada exigência nutricional.

Abaixo temos um video sobre o confinamento de ovelhas e a padronização da carne:




Fonte: www.infobibos.com


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mudanças no programa de brucelose

Bezerras de até 24 meses de idade provenientes de fazendas não certificadas contra a brucelose vão poder ingressar em propriedades em processo de certificação ou certificadas como livre da doença, desde que respeitados alguns requisitos. “Será necessário comprovar a vacinação, por meio de atestado emitido por médico veterinário cadastrado no serviço oficial”, explica Bárbara Rosa, coordenadora-substituta do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 


Nas regiões em que não se aplica a vacina, como é o caso de Santa Catarina, é preciso realizar dois testes diagnósticos que comprovem a ausência da doença. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (18/01), na Instrução Normativa n° 2, e vale até 31 de dezembro de 2015. 


Segundo Rosa, a exigência da entrada de fêmeas de até dois anos em propriedades certificadas ou em certificação oriundas exclusivamente de fazendas também certificadas foi apontada como um dos entraves à adesão à certificação. “A indústria láctea alega que os estabelecimentos leiteiros adquirem muitos animais nessa faixa etária para reposição e, até o momento, não existem propriedades certificadas em número suficiente para suprir essa demanda”, informa Rosa. 
Como a certificação é voluntária, e o sucesso do programa de brucelose depende da adesão do maior número de propriedades, o objetivo da medida é solucionar esse problema. 


A partir do dia 1º de janeiro de 2016, o ingresso de bezerras de até 24 meses em propriedades certificadas ou em certificação como livre de brucelose, volta a ser regido pelo artigo 54 da Instrução Normativa nº 6, de 2004. O texto contém o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). 


A brucelose é uma doença crônica causada por bactérias e pode ser transmitida ao homem, principalmente por laticínios não pasteurizados. Os principais sintomas nos animais são aborto, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite. Já nos humanos, febre e dores musculares e articulares. Os prejuízos são ocasionados pela morte dos bezerros, baixo índice reprodutivo, queda na produção de leite e interrupção de linhagens genéticas.


Fonte: revistagloborural.globo.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cientistas desenvolvem porco que não cheira mal

Animal geneticamente modificado produz menos fósforo, ajudando o meio ambiente

por Globo Rural Online
 Shutterstock 
Desenvolvido por um grupo de cientistas estrangeiros, recebeu o apelido de “Enviropig” (mistura de "environment" e "pig", respectivamente meio ambiente e porco, em inglês) o porco geneticamente modificado que não polui o meio ambiente. A aparência do animal, além dos sons emitidos e do gosto de sua carne seriam iguais às de um porco comum. A diferença está na quantidade inferior de fósforo e chorume (espécie de gordura contendo alta carga poluidora) produzidos pelo bicho, agredindo menos as águas e exterminando o forte odor característico dos porcos.

Como todas as criaturas, os suínos precisam de fósforo para ajudar na formação de seus ossos, dentes e paredes celulares. Mas, normalmente, os animais são alimentados com cereais que contêm um tipo de fósforo que seu organismo não consegue digerir. Assim, grande parte dos pecuaristas enriquecem a dieta dos bichos com uma enzima denominada fitase, que ajuda na digestão do fósforo, mas não evita que o elemento químico chegue ao meio ambiente na forma de adubo, provocando a proliferação de algas, que sufocam a vida aquática e criam "zonas mortas" para os peixes.

Ao contrário de suínos normais, Enviropigs foram concebidos para produzir suas próprias fitases, a partir da bactéria E.coli. De acordo com informações do jornal Daily Mail, testes comprovaram que o porco geneticamente modificado foi capaz de absorver mais fósforo de sua alimentação, produzindo resíduos menos tóxicos.

Um dos criadores do animal, o professor Rich Moccia, da Universidade de Guelph, em Ontário, Canadá, trabalha há uma década no projeto e garante que a carne do Enviropig é idêntica à de um porco comum. “ Acreditamos que o nosso porco será o primeiro geneticamente modificado a oferecer salsichas, bacon e carne de porco para o mundo”, aposta.

Fonte: revistagloborural.com

A importância do sal para o gado

O Brasil tem um dos maiores rebanhos de gado bovino do mundo. Somos o maior exportador mundial de carne. Mas ainda podemos crescer mais. Basta aumentar a produtividade, ou seja, o ganho de peso dos animais no campo.
Além de proteínas, fibras, energia e vitaminas os animais precisam receber minerais, o famoso sal. É que as pastagens tropicais não oferecem a quantidade exata de minerais que os bovinos precisam, por isso a necessidade da suplementação.
Embora compondo apenas cerca de 5% do corpo de um animal, os nutrientes minerais contribuem com grande parte do esqueleto (80% a 85%) e compõem a estrutura dos músculos, sendo indispensáveis ao bom funcionamento do organismo (McDowell, 1992). Os desequilíbrios dos minerais na dieta animal podem ocorrer tanto pela deficiência como pelo excesso.
Para isso, existe a suplementação mineral do gado de corte, um dos mais importantes componentes de um bom manejo. Se os animais não recebem essa suplementação, ou se a prática é feita de forma inadequada, logo aparecem os baixos índices de desempenho e até outros problemas como doenças e morte.

Sintomas da deficiência mineral
Como se trata de um grande número de elementos que desempenham as mais variadas e complexas funções no organismo, os sintomas causados pelos desequilíbrios minerais da dieta não são específicos. Esses sintomas podem ser confundidos com aqueles causados por deficiência de energia e proteína (alimentação deficiente qualitativa e quantitativamente) ou por problemas de saúde (parasitismo, doenças infecciosas ou ingestão de plantas tóxicas).
Os principais sintomas gerais que indicam a ocorrência de deficiências minerais no rebanho são, conforme Veiga et al. (1996) e Veiga & Lau (1998):
Apetite depravado - Os animais comem terra, pano e plástico; roem e ingerem ossos, madeira e casca de árvores; lambem uns aos outros; apresentam avidez por sal de cozinha.
Redução do apetite - Mesmo em pastagens com plena disponibilidade de forragem e de boa qualidade, os animais apresentam baixo consumo, mostrando o ventre sempre vazio (afundado).
Aspecto fraco ou doentio - Os animais ficam magros, com dorso arqueado, pêlos arrepiados e sem brilho, lesões na pele e dificuldade de locomoção.
Anomalias dos ossos - Os ossos longos se tornam curvos e as extremidades dilatadas.
Fraturas espontâneas - Freqüentemente, ocorrem quebraduras ósseas, sobretudo quando os animais são manejados, evidenciando fraqueza do esqueleto.
Anomalias da pele - Despigmentação e perda de pêlo, e desordem da pele, como ressecamento e descamação.
Baixo crescimento e produtividade - O crescimento dos animais jovens é retardado, o ganho de peso é baixo ou negativo (perda de peso) e a produção leiteira é prejudicada.
Baixa fertilidade - Rebanhos com carência mineral apresentam uma reduzida fertilidade das vacas, em face da ocorrência de cios irregulares ou ausentes, abortamento e retenção placentária, resultando em baixa produção de bezerros.
Baixa resistência a doenças - Animais deficientes em minerais são menos resistentes (mais susceptíveis) a doenças e se ressentem mais dos ataques de parasitas internos (vermes).


Cochos de sal
Como a chuva solubiliza parte dos componentes da mistura, os cochos devem ser devidamente cobertos. Também, devem ser em número suficiente e ter uma altura que facilite o acesso dos animais menores. As dimensões devem ser em razão do número de animais a ser suplementado, considerando-se um intervalo de abastecimento de, no máximo, 1 semana. A soma do comprimento de todos os cochos disponíveis deve ser suficiente para permitir o acesso simultâneo, de cerca de 10% dos animais, onde cada animal adulto requer um espaço de 40 a 50 cm de um dos lados do cocho. Dessa maneira, um lote de 200 animais requererá um cocho de 4 a 5 m de comprimento ou 2 cochos, cada um com 2 a 2,5 m. Dois modelos de cochos são mostrados na Fig. 1.
Ilustração: Jonas Veiga

Fig. 1. Detalhes de cochos cobertos: A - cocho sem proteção lateral, B - cocho com proteção lateral e C - seção lateral do compartimento.
A melhor localização dos cochos é determinada pelo hábito dos animais, procurando-se colocá-los nos locais de maior freqüência, para facilitar o consumo. O piso em torno dos cochos deve ser aterrado e compactado, para evitar a formação de atoleiros.