quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tratamento de madeira para cerca



Quais as vantagens que o tratamento de preservação de madeira oferece?

É um método simples e barato.

Pode ser feito pelo produtor o ano todo na propriedade.

Aumenta a vida útil da madeira em 5 a 7 vezes.

O que é necessário para tratar o eucalipto? 

Dois tambores de 200 litros abertos na boca, de preferência de plástico. Se forem de latão, pintá-los internamente com duas demãos de Neutrol ou outro impermeabilizante por causa da ação corrosiva do cobre.


 Um balde para 10 litros. 
 Um bambu, um galho de eucalipto ou uma pá de madeira para a mistura dos produtos na água. 
 100 litros de água limpa.

 Dois e meio quilogramas de sulfato de cobre (ação fungicida).

 Dois e meio quilogramas de dicromato de potássio ou dicromato de sódio (ação fixadora).

 Meio quilograma de ácido bórico (ação inseticida). 
 30ml de ácido acético glacial ou 120ml de vinagre (acidificante)
 Palanques roliços de madeira verde, com diâmetro máximo de 25cm e altura máxima de 3 metros.

Qual a utilidade dos tambores?

Num tambor, a solução será preparada e armazenada para ser usada quando necessário.

No outro tambor, serão colocados os palanques e depois a solução preservadora, quando estiver preparada.

Como deve ser o preparo da solução? 

 Primeiramente, colocar em um dos tambores 100 litros de água aos quais serão adicionados os três produtos químicos descritos, um por vez. Porém, cada um dos produtos deve ser previamente diluído no balde com 5 a 6 litros de água e somente então pode ser transferido para o tambor da solução. Após a colocação de cada produto no tambor de 100 litros, a solução deve ser agitada para total diluição.

Deve-se adicionar inicialmente o ácido acético e depois os outros produtos.

Como preparar a madeira para receber o tratamento? 

O corte da madeira pode ser feito com motosserra, serrote, traçador e, até mesmo, machado, desde que bem afiados.

 A madeira deve ser verde e roliça, proveniente de árvores sadias. 

 Devem-se preferir árvores com o mínimo de galhos nos dois terços inferiores do tronco. 
 A madeira deve ser cortada no máximo 24 horas antes do tratamento. 
 A casca do eucalipto deve ser retirada minutos antes do tratamento. 
 Caso a madeira seja cortada para ser tratada no dia seguinte, não retirar a casca e deixar os palanques deitados à sombra.
 A retirada da casca deve ser feita batendo-se com uma marreta na casca, porém com cuidado para não machucar os vasos da madeira branca. 


Quais os procedimentos do tratamento? 

Para facilitar o manuseio das madeiras, que serão colocadas do tambor vazio, enterrar, se possível, esse tambor uns dois terços de sua altura.
A madeira cortada e descascada deve ser colocada dentro desse tambor de forma que todos os palanques fiquem com os pés para baixo e a ponta para cima.

É importante a retirada do limbo que se encontra entre a casca e a madeira branca. Isso pode ser feito com uma escova de aço e um pano.

Proteger o fundo do tambor que irá receber os palanques, com pedaços de borracha ou, até mesmo, com pedaços de casca de eucalipto.

Em seguida, colocar a solução preservadora nesse tambor com as madeiras até a altura de 60cm (segundo friso do tambor, de baixo para cima), por um período de sete dias.

Após esse período, inverter a posição da madeira no tambor ( pé para cima e ponta para baixo), deixando por mais três dias

O que fazer com a solução que restou do tambor reserva?

A seiva que se encontra dentro dos vasos da madeira vai se evaporando pelo topo dos palanques. A solução preservadora vai sendo sugada por essa madeira de baixo para cima e vai ocupando os espaços no interior dos seus vasos, substituindo a seiva. Com isso, o nível da solução do tambor com as madeiras vai baixando e necessita ser completado, diariamente, garantindo a altura mínima de 60cm. Entretanto, antes de colocar a solução no tambor das madeiras, é importante lembrar que deve-se agitá-la para misturar bem.

Em quanto tempo a madeira estará pronta?

Sete dias após o início do tratamento, o nível da solução estará estável e os palanques exibirão uma coloração escura que, depois de seca, ficará esverdeada. Então, os palanques devem ser virados de pé para cima e ponta para dentro do tambor, permanecendo, assim, por mais três dias.

Após esses três dias, devem-se retirar as madeiras e empilhá-las para secar à sombra por um período de 25 a 30 dias, podendo, então, os palanques ser enterrados. É preferível que os furos e os entalhes sejam feitos antes do tratamento.

Qual o custo desse tratamento? 

Considerando-se apenas os preços dos produtos químicos, o tratamento para cada palanque ou moirão de aproximadamente 12cm de diâmetro por 2,20 metros de altura custará por volta de R$ 2,00.

Lembretes importantes:

1-No verão, caso apareçam traças furando a madeira já tratada (orifício de postura), devem-se adicionar, nos próximos tratamentos, 30ml de inseticida piretróide (Decis 25 ou Buldok) à solução preservadora.

2- Os produtos utilizados no tratamento são tóxicos e requerem o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como capa plástica com protetor de cabeça, luvas de borracha nitrílica de mangas longas, botas de borrachas.


Fonte: Rural pecuária, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral

Mula trabalhando



Vídeo de uma mula que ajuda na cura dos bezerros nelore, muito bom.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Como fazer uma chocadeira manual

Preço do leite pago ao produtor sobe 1,2% em janeiro


Índice de Captação de Leite calculado pelo Cepea (ICAP-Leite) fechou 2010 com aumento de 3,05% em relação a 2009 - são apurados, por amostragem, os volumes médios diários nos estados de Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná houve aumentos entre 4% e 6% na captação de leite no período, ao passo que, em Goiás, verificou-se diminuição. 


As adversidades climáticas continuaram limitando a oferta de leite em algumas regiões em janeiro. No sul do Rio Grande do Sul, a seca devido ao fenômeno La Niña afetou as pastagens e, com isso, a captação de leite. No Sudeste, em algumas regiões, as chuvas em excesso dificultaram principalmente o transporte do leite. 


Em janeiro, o preço médio pago pelo leite aos produtores teve leve aumento de 1,2% (0,9 centavo por litro) frente a dezembro de 2010, indo para R$ 0,7294 o litro (valor bruto). Em relação a janeiro de 2010, o valor atual apresenta valorização de 22%. 

Desde setembro do ano passado, quando as fortes quedas deram espaço à estabilidade ou mesmo a pequenas altas, o valor médio subiu 5,4% em termos nominais (sem descontar a inflação). Entre maio e agosto, entretanto, mesmo sendo período de entressafra na maior parte do país, o preço pago ao produtor caiu aproximadamente 13%. 

A expectativa de agentes do setor é de mercado firme. Para o pagamento de fevereiro (referente à produção entregue em janeiro), 63% dos compradores entrevistados – que representam 74,2% do volume de leite amostrado – acreditam em estabilidade de preços. A parcela de 22% dos representantes de laticínios e cooperativas (que respondem por 16% do volume da amostra) acredita em nova alta, enquanto 15% dos entrevistados (responsáveis por cerca de 10% do volume amostrado) esperam queda de preços. 

No mercado spot (comercialização entre as empresas/cooperativas), o leite cru continua nos mesmos patamares, o que reitera a expectativa da maioria dos compradores sobre preços firmes aos produtores. 


Desempenho por estado

O Rio Grande do Sul foi o estado que obteve a maior alta de preços em janeiro, de 4,6% (ou cerca de 3 centavos por litro) frente a dezembro de 2010, com litro indo para R$ 0,6815. O preço médio em Santa Catarina teve aumento de 1,9% (1,4 centavo por litro), passando para R$ 0,7514 o litro. No Paraná, houve alta de 1,1% (0,8 centavo por litro), com média de R$ 0,7553 o litro. 

Em São Paulo, o preço médio teve aumento de 1,2% (0,9 centavo por litro), com o litro a R$ 0,7146. Em Goiás e Minas Gerais, os preços se mantiveram praticamente estáveis. No estado goiano, houve leve alta de 0,4%, a R$ 0,7397 o litro e, em Minas Gerais, os preços tiveram leve recuo de 0,3%, a R$ 0,7211 o litro. Na Bahia, houve queda de 2,5% (1,6 centavo por litro), com a média caindo para R$ 0,6373 o litro.

Fonte: Revista globo rural

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Projeto visa reduzir perda do solo por erosão


Método desenvolvido pela Embrapa consiste na agricultura caracterizada por períodos de descanso da terra antes de voltar a produzir, aliada à rotação de culturas



Um projeto da unidade Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode reduzir os deslizamentos de terra por erosão do solo em até 80%. A prática é historicamente conhecida por produtores. Consiste na agricultura caracterizada por períodos de descanso da terra antes de voltar a produzir, aliada à rotação de culturas.

Pesquisadores da Embrapa Solos monitoram, há mais de dez anos, propriedades rurais no município de Bom Jardim, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que utilizam a técnica agrícola. Lá são produzidos alternadamente inhame, feijão, mandioca, batata, batata-doce, maracujá e diversas outras culturas.

Os resultados demonstram que o processo erosivo, comum na região, é bastante reduzido. O uso conjunto dessas práticas evita deslizamentos de terra. As técnicas diminuem o transporte de sedimentos aos leitos dos rios, bem como os riscos de inundações após chuvas fortes, a exemplo das que ocorreram no início de janeiro na região.

– Avaliamos as propriedades onde executamos o projeto em Bom Jardim, após as recentes chuvas. As terras praticamente não sofreram danos – destaca o pesquisador da Embrapa Solos, Heitor Coutinho.

O sistema é considerado ideal para evitar futuros deslizamentos de terra em regiões montanhosas. Com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro Rio) e da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, a Embrapa pretende expandir o projeto para outras áreas da Região Serrana, incluindo Teresópolis e Nova Friburgo. No futuro, a ideia é implantar esse sistema em outras localidades do país, também acometidas pelo mesmo problema.

Técnica

A rotação de culturas, que faz parte do processo, consiste em alternar espécies vegetais numa mesma área agrícola. As variedades escolhidas normalmente têm viabilidade comercial e de manutenção ou recuperação do meio ambiente. Para a obtenção de máxima eficiência da capacidade produtiva do solo, o planejamento de rotação considera aquelas destinadas à cobertura do solo, que produzam grandes quantidades de biomassa, fonte de nutrientes.

– A rotação permite o fortalecimento do solo com o plantio alternado de diversas culturas, principalmente as raízes, como batata e inhame, que dão estabilidade à terra – destaca o pesquisador da Embrapa.

Outro problema comum em propriedades da região é a baixa fertilidade do solo, que deixa a terra fraca e vulnerável. As plantas consideradas invasoras, daninhas, acabam melhorando a fertilidade quando essas terras descansam por um período mínimo de cinco anos. Pesquisas comprovam que a técnica é uma das melhores alternativas para manter a produtividade do solo, sem depender de insumos externos.

– O sistema de agricultura com períodos de descanso da terra antes de voltar a produzir, que estamos monitorando na região de Bom Jardim, tem funcionado muito bem no controle da perda de solos por erosão e redução do assoreamento (obstrução) dos rios – explica Heitor Coutinho, da Embrapa. A técnica fortalece o solo, já que a terra tem um tempo para poder se recuperar antes de voltar a ser utilizada.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Aumento de 67,5% no milho preocupa suinocultor paulista

O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Júnior, mostra preocupação com a alta de custos no setor.

O milho, que conforme a APCS, representa cerca de 65% do custo de produção do suíno, atingiu R$ 32,25/saca de 60 quilos esse mês contra R$ 19,25/saca de  janeiro de 2010, aumento de 67,5%.

Para Ferreira, um dos fatores que elevou o preço do grão foi a  exportação, que cresceu cerca de 39%, atingindo o volume recorde de 10,8 milhões de toneladas, contra 7,78 milhões de toneladas de 2009.

Na segunda (24/01), o suíno foi negociado a R$ 52/54,00 arroba, na Bolsa Paulista, contra R$ 55/56,00 arroba da semana anterior.



Fonte: Portaldoagronegócio